Foi-me dito que, aquilo que eu acho muito natural, nem todas as mães são capazes de o fazer, ou seja, "impor" regras aos filhotes!
Pois é... O meu Alexandre é um menino com necessidades especiais, mas nem por isso eu deixo de o fazer sentir que quem comanda o barco são os papás.
O pequenino começa agora a fazer as suas birrinhas!!
No outro dia à meia noite cismou que queria ir passear...
E como é que eu descobri isso?
O Alexandre já tinha comido, já tinha esvaziado a tripita e já tinha arrotado bem arrotadito, e continuava a chorar!!
Peguei nele, e ele sempre a chorar, vesti-lhe uma camisola (que era do pijama, mas isso ele ainda não percebe) e dirigi-me à porta.
Adivinhem... Parou o choro!!
“Pois é filhote, mas isto não são horas de ir passear. A mamã só queria ver se era mesmo isto que tu querias, mas agora vais fazer naninha, porque amanhã é dia de trabalho e a mamã tem que se levantar cedo!”
Deitei-o na cama e foi ouvi-lo a chorar, mas mesmo assim não peguei mais nele. Virei-o de barriga para baixo e ele continuou a chorar, mas ao fim de algum tempo, acabou vencido pelo cansaço.
Sabem que eu acho que não gosto menos do meu filho, porque o deixo chorar de vez em quando. Se tenho consciência de que está tudo bem, então que chore se lhe apetece. A verdade é que se eu não lhe mostrar agora como são as coisas, mais tarde ele não vai entender quando eu não lhe fizer as vontades. Depois fico cansada, aborrecida e não consigo ter a paciência que preciso para o acompanhar.
Podem até achar que eu sou egoísta, ou algo do género, mas a verdade é que se o meu filho consegue compreender que quer ir passear, também consegue compreender que quando eu digo “não” é: “não”!
É como as crianças “normais”. Todos acham muita piada quando eles são pequeninos e dizem asneiras, mas depois crescem e já ninguém acha piada e eles não conseguem perceber o que estão a fazer de errado, se sempre fizeram o mesmo e nunca ninguém ralhou. E isso fica feio.
Com os meninos com necessidades especiais também é preciso criar regras, para que possamos estar bem connosco e principalmente que não seja um inferno estar com eles.
Beijos “regrados” per tutti!